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Não deixe de fazer.

  • Foto do escritor: Nathalia Miolo
    Nathalia Miolo
  • 25 de jul. de 2024
  • 3 min de leitura

Você já percebeu como é difícil passar uma ideia que estava sua cabeça para o papel? As frases, o contexto e onde você quer chegar estão perfeitamente alinhadas na conversa consigo mesmo. Mas, na hora de pôr em prática, tudo muda. As palavras perdem conexão e o parágrafo perde sentido.


Pode até ser a dificuldade de manter uma escrita em dia, até porque sabemos que para escrever bem, precisamos praticar assim como qualquer outra habilidade. Mas, ultimamente, acredito que o que me trava em escrever - ou pôr em prática muitas ideias que estão na minha cabeça - é o auto julgamento. 


O que vão pensar da forma que escrevo? E se eu errar uma palavra e não perceber? E se o tempo verbal estiver errado? E se o que para mim faz muito sentido, não fazer para a pessoa que lê?


No fim, estou deixando de fazer algo que tinha como objetivo inicial resgatar um prazer antigo de expressar minhas ideias em palavras pelo possível julgamento de uma pessoa que nem existe.


Então a minha primeira reflexão nesse blog é um lembrete para mim mesma que está na hora de parar de me limitar por medo do que os outros vão pensar ou melhor, do que eu acho que os outros vão pensar. 


Claro que para muitos momentos na vida a opinião das outras pessoas torna-se de mais valia. Porém não é o foco dessa reflexão. O julgamento alheio não deveria ser uma regra para qualquer hobby ou objetivo pessoal. Logo, não deveríamos deixar de fazer pela pressão social que realmente existe ou que fantasiamos dramaticamente dentro de nós.


Vale a pena citar que está incluso nesse “fazer” os destinos de viagens, shows, restaurantes e eventos no geral que, muitas vezes, deixamos de viver a experiência pelo mesmo medo de sermos julgados e ridicularizados entre amigos, familiares, colegas de trabalho e assim por diante. 


E sabe o que é mais legal no fim das contas? Sempre terá pelo menos uma pessoa que vai se inspirar em você ou gostar daquilo que você fez. Seja um texto, um vídeo, uma obra de arte ou até mesmo uma estratégia que você escolheu em um jogo online.


Sei disso porque uma vez eu comecei um canal no YouTube (e admito que já comecei de novo outras 4 ou 5 vezes ao longo da vida). Aquele único vídeo de apresentação sobre os assuntos que eu iria abordar no canal inspirou outra pessoa a fazer uma série de vídeos curtos no Instagram sobre reflexões pessoais.


Um único vídeo que eu gravei, editei e postei incentivou pelo menos uma pessoa (que eu tive conhecimento) a também se expressar como gostaria e se sentir bem com isso. Logo, todo ato por uma ideia no mundo é válida. Impactar positivamente pelo menos uma pessoa que exista no planeta, já é válido e deveria ser muito maior que julgamentos ou críticas. 


Por que então se importar tanto com o que os outros vão pensar?


O julgamento é algo que surge de dentro para fora. Se temos esse constante receio de sermos julgados pelos outros, é porque também dedicamos parte do nosso tempo de vida avaliando e criticando os demais.


Então, nos resta continuar tendo iniciativas por si mesmo e, na medida do possível, trocar as críticas por incentivos aos demais. 




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